manjares especiais - III

Para ser ainda mais especial o banquete não era na sala. A mãe convidáva-nos a viajar até ao quarto. Aí, sentávamo-nos na cama, os mais pequenos já com os pratos na mão. E assim aguardávamos a comida que estava a chegar à boleia do cheiro que já há muito vinha até às nossas narinas e apertava mais a dor no estômago vazio e punha a cabeça tonta. mas logo logo chegava, e entre risos e brincadeiras permitidas a mãe punha os talheres de lado e ensinava-nos a velha arte de bem comer com a mão.

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