O Cheiro do Sul - II

Da Oliva de pedal sairam muitas fraldas do pano de lençol branco de muito corar, camisas de flanela resguardos, e tiras para ligaduras. O tempo estava a acabar.
O dinheiro não dava para ir às lojas do centro da cidade.
A mãe nunca se queixava. Quando alguém vinha da capital, a mãe mandava o mano mais velho a correr ver se havia alguma coisa para nós. Numa altura correram três meses sem que pudesse trazer o envelope e ele quase não conseguia encarar a tristeza nos olhos grandes da mãe.
Ela apesar de tudo, tinha o condão de transformar cada refeição numa festa.
Nesta altura a lenha já tinha ficado para trás. Agora só servia o forno do pão do quintal. O fogão a petróleo cumpria a sua obrigação.
Bo qui tam, bo qui tam, Bo qui tam...
era dar a bomba, e as chamas lambiam o fundo das panelas e envolviam todo o seu corpo a e água do pirão já fervia. O uelelua estava pronto a receber a fuba amarelinha acabada de sair do tchiné, ainda morno da pancada. A kanine branquinha dos pacotes fomos conhecer na cidade grande.
Ao lado estava o asssistente. O velho fogareiro com os olhos vermelhos das brasas a sair do negro do carvão onde repusava a grelha do chouriço ou peixe seco que sairia acompanhado do molho candimba, o sábio e gostoso preparado de tomate e cebola que rematava o manjar.

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