O nosso rio - I

O rio ficava, podia-se dizer, mesmo ao fundo do nosso quintal.
Nessa altura ainda não tinham murado o nosso bairro.
Assim, podia-se considerar toda aquela extensão das traseiras da nossa casa. Depois descendo um bocado aquela ladeira onde se estendiam umas boas lavras de milho, até darmos de encontro com aquela torrente de água límpida e fresca que nascia lá mais atrás, rasgando as pedras que sem lamentar largavam das suas entranhas as irrequietas águas que alimentavam o regatito, depoius o rio que ía dar ao Kuito e depois ao grande Kuquema.

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