no domingo

No domingo como prometido cumprimos mais um encontro.
Prometemos sim.
Íamos desconseguir e destravar todos os não pode ser, porquê e tal, e estivemos juntos sem apesares.
Depois da mãe partir, em casa de um em cada mês, promessa feita e não desfeita.
Paredes esticadas, mesa farta com a receita do mestre frei, o da sopa da pedra, conforme reza a história.
Fizemos tal e qual. E assim não houve pretexto para faltas. E teve funge de peixe e tudo mais. O tudo mais, foi o cada qual de cada um.
A receita era: cada um traz como se fosse para si. Quando ficou tudo junto, parecia mais era quase boda. Resultou mesmo e com muita conversa, desvios de macas que a mãe não ia gostar.
O pesar que se atravessava a cada esquina pela perda recente era desviado, num querer adiar, apenasmente desconseguido em cada cabeça.
O mais novo do terreiro apareceu ainda sem compreender que esta herança também lhe vai pertencer, no peso da tradição.
Saudei-o e matei saudades de todo o tempo que lhe devia. É lindo, o nosso caçulinha da família. Bem-disposto e comilão, a dar sempre sinal a cada quase três horas como um relógio, para se colar ao peito da mana a transbordar de felicidade nesta fase de plenitude de recém maternidade.
Os primos trocaram novidades atrasadas e futuras e os cotas comentaram cenas passadas, e gozaram com vaidades descondidas dos futuros da juventude.
As ausências foram compensadas com as boas lembranças e os que que não puderam comparecer foram falados pelos sucessos e caminhos novos que os levaram por estes tempos para outros lugares.
Assim estivemos todos juntos conforme prometido.
Estamos juntos!

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